Capitão Fantástico é um filme de 2016, que aportou a pouco na Netflix, com Viggo Mortensen (Senhor dos Anéis) como protagonista no papel de um pai de seis filhos que vive na floresta e os cria subsistindo de modo quase exclusivo do que podem caçar e colher no local. Sua rotina é a de treinar os filhos em caça, escalada, debater filosofia e política e principalmente e ensinar a odiar a sociedade consumista e narcisista que existe "lá fora" Um acontecimento os obriga a abandonar seu estilo de vida e encarar o mundo.
O que poderia descambar para uma comédia vazia, mostrando as contradições entre os mundos e situações constrangedoras que resultaram desse contato, aqui geram reflexão e justos questionamentos. Refletem uma sociedade desenvolvida, mas que traduz suas interações através de consumo, promove a desigualdade como objetivo social, conserva ritos para se enquadrar em um ideário coletivo e se ilude em sua própria falta de cultura.
Apesar das discussões levantadas não é um filme denso, difícil ou cansativo. As bandeiras levantadas não soam forçadas, apesar de incomodar alguns, e se inserem na trama de modo lógico.
As escolhas, por vezes duvidosas, poderiam carregar julgamentos, porém a empatia gerada faz refletir.
O final poderia ser mais libertador, contudo, toma um caminho mais correto e "responsável", todavia sem deixar de promover um quê de subversão que nos faz falta em dados momentos.
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