Allan Mahet
Bem interessante o que está ocorrendo no Egito. A aparente calma que a capital passou no último Domingo depois de um princípio de acordo entre governo e oposição era somente isso, aparente. Coisa de Domingo.
Nesta Terça-Feira a mobilização da população atingiu o maior nível e dezenas de milhões de pessoas saíram as ruas num sinal claro de força, organização e crença em futuro de maior liberdade, livre das amarras burguesas e dos desmandos norte-americanos.
Não adiantou soltar presos políticos, levantar uma reforma constitucional e afirmar que as comunicações desfrutariam de maior liberdade.
Hosni Mubarak tem que cair. Já não interessa apenas a diminuição do seu poder. A sua presença no governo representa um modelo fracassado. A sua figura traduz uma insistente permanência dos podres poderes que usurparam a riqueza e a liberdade do povo egípcio ao longo de três décadas e sua continuidade será a demonstração de permissividade do povo com seu algoz.
A hipocrisia Yanke
Nos últimos dias, além da tentativa de acordo outro fato que marcou a revolução popular foi a pressão norte-americana para desistência de Mubarak em continuar no poder. Apesar de importante aliado, sua permanência no poder dificulta a construção de base política norte-americana para o pós-revolução, ou seja, quanto mais se retarda sua saída mais difícil fica para que aliados dos Yankes assumam posições importantes em um governo de transição que garantam parte da influência hoje existente. Quero acreditar que a política externa de Obama tende a ser menos 'imperialista' do que a de Bush e sua trupe republicana, contudo é difícil pensar que sua única intenção seja devolver o país aos seus cidadãos.
Revolucionários do Mundo: Uni-vos
Em solidariedade à população egípcia diversas pessoas de outras partes do mundo estão se juntando ao povo nas ruas da capital e outras cidades, alimentando o movimento e escrevendo importante página na história de país e do mundo.
Allan,
ResponderExcluirO Governo norte americano segue a cartilha de sempre, porque historicamente sempre foi assim.
No primeiro momento tenta por todos os meios manter o status quo, defendendo o amigo ditador ,ate que a situação fique insustentável. Ai tenta uma transição pacífica, em nome da democracia, é claro ! No segundo instante, passa a apoiar declaradamente a mudança e o futuro novo governo. Após a mudança, começa a tramar para que tudo fique como esta e que seus interesses na região sejam preservados.
Vamos aguardar.
Sds
Wagner