Então é Natal...
Mais um Natal se aproxima, tudo bem, sabemos que Jesus não nasceu no dia 25 de Dezembro, aliás é uma das poucas certezas que temos sobre seus primeiros anos de vida,mas aceitemos as convenções
de uma ótima estratégia de um antigo rei.
Na verdade pouco importa a data, o que há de belo e relevante é o que esta representa,
os sentimentos que ela revela.
Ou será que você nunca percebeu?! Tudo parece se harmonizar, se alegrar...A mais carrancuda das pessoas abre um sorriso, nem que seja de canto de boca, as almas ficam mais caridosas
(um prato cheio para as campanhas disso e daquilo), tudo isso num espaço de tempo relativamente curto que compreende o início das primeiras mensagens de televisão e terminam em menos de um mês, no almoço do dia 25.
Deve ser o tal espírito do Natal. Qual outra coisa poderia explicar que pessoas que nunca se viram cumprimentassem calorosamente, você brincar com aquele seu primo pentelho e abraçar seu tio chato, que teimam em invadir sua casa em datas como esta, ou quem sabe até os mais exaltados saírem com gorros vermelhos cantando aquelas músicas que aprendemos ouvindo os LP's da vovó,
que saem do armário para ressuscitar a velha e empoeirada vitrola do papai.
"Jingle Bells" e "Pinheirinhos" soam por toda a casa que há essa hora já cheira à rabanada.
Até o mercado, aquele ao qual erguemos nossos ódios socialistas, fica mais bonito (não quer dizer melhor). Vitrines enfeitadas, lusinhas, parcelas à perder de vista, lusinhas, neve em pleno Verão , e caso tenha esquecido: lusinhas.
Muito mais claro que as lusinhas (caso não tenha falado nelas) é a intenção disso tudo: derreter seu suado 13o ;
talvez seja este um dos motivos de ser (o Natal) em Dezembro. Impossível não ficar, às vezes, boquiabertos,
com as decorações dos shoppings, e enquanto isso, o seu (o nosso) parco salário se esvai pelo bolso a fora.
Mas como diria o bisonho participante de um programa sensacionalista:"faz parte".
Até se vestir com uma grossa roupa verde, gorro, bota, luva, nos típicos 40o da época.
Aposto que você estranhou o fato de eu ter citado a cor verde. Pois é, antes de 1933 esta era a cor predominante da vestimenta do bom velhinho, e se você tiver tempo e dinheiro o bastante pode ir até a Lapônia pra conferir,
lá o "pseudo-Santa Claus" da multinacional de refrigerante não faz o menor sucesso.
Voltando ao espírito de Natal, chega a ser emocionante ver, até para menos atuante dos cristãos, lembrar as palavras de um outro bom velhinho, este nascido na Polônia e que recentemente foi juntar-se ao Aniversariante.
Palavras, de paz, harmonia, alegria, felicidade e amor.
E é justamente com o aproximar dos ponteiros do relógio do número 12, que todos aqueles sentimentos explicitados durante todo este texto se tornam mais fortes, intensos e num brinde em que desejo e espero se perpetuar ainda mais fortificados, por toda essa esfera a que chamamos de lar, em apenas duas sinceras palavras:
Feliz Natal
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