sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Nossa Inocência Morreu com Alan Kurdi

Além da tristeza e impotência, meu sentimento é de vergonha de ser da espécie humana, que permite tal fato acontecer. De raiva contra os líderes mundiais insensíveis ao drama de milhares e contra um sistema econômico, político e social que impele desigualdade, sofrimento e miséria à boa parte da humanidade.

A imagem do menino Alan Kurdi (grafado anteriormente de forma errônea como Aylan) de apenas 3 anos, sem vida e com o rosto voltado para a areia na beira da praia deveria ficar para sempre na memória dos governantes de todas a grandes potências que exploram nações subdesenvolvidas. Deveria perturbar a mente de todo mega empresário e latifundiário que se enriquecem a custa da trabalho mal remunerado e escravo de seus semelhantes. Deveria tirar o sono de líderes religiosos que propagam o ódio e a intolerância ao invés de compaixão e amor.

A imagem do menino Alan Kurdi de apenas 3 anos, sem vida, com o rosto voltado para a areia na beira da praia é um alerta ao mundo e àqueles que pensam ser o seu dono. Chegamos ao limite. O sistema faliu e nós falhamos como sociedade.

A imagem do menino Alan Kurdi de apenas 3 anos, sem vida, com o rosto voltado para a areia na beira da praia não é apenas a de uma criança que tentava fugir de um genocídio em seu país. É a do menino da favela alvejado por traficantes e policiais em confronto.  É a do jovem amarrado ao poste e agredido por "cidadãos do bem". É a do menino negro assassinado pela polícia branca e racista estadunidense. É a do menino africano famélico à espera de uma refeição após dias de inanição. É a do menino abusado por um religioso ou agredido por conta de sua crença. É a de milhares de corpos amontoados em campos de concentração da segunda guerra.

A imagem do menino Alan Kurdi de apenas 3 anos sem vida, com o rosto voltado para a areia na beira da praia é a imagem dos humilhados, perseguidos, espoliados e injustiçados do mundo.

Que seja um marco, uma virada na consciência global. Que o caminho daqui para frente seja outro e que possamos resgatar o pouco de dignidade e humanidade que ainda nos resta, pois a nossa inocência acabou ali naquela praia, sem vida e com o rosto voltado para a areia.

Fonte: http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/o-anjinho-aylan-kurdi/

3 comentários:

  1. Realmente, foi um dia triste pra humanidade. Em pleno século XXI, ano 2015, acontecer algo assim. Até quando?

    ResponderExcluir

  2. TEMPOS DE GUERRAS.
    Cézar.

    Lembro-me
    Das árvores caídas
    Em Tempos de Guerras
    Faltavam: Comidas
    Água, vidas.
    Tinham: Inimigos
    Fogo amigo
    Balas perdidas e prisões arbitrárias.

    Lembro-me
    Que o povo era dizimado
    Em nome da raça
    Raça pura, através da eugenia.
    Do Nazismo e do racismo.

    Lembro-me
    Dos corpos cremados
    Nos campos, nos cemitérios.
    E nas câmaras de gás.

    Lembro-me
    Dos homens notáveis
    Dos homens simples
    Torturados, condenados, fuzilados e exilados.
    Desertores: Nas frentes de batalhas.

    Lembro-me.
    Que as fardas, as rosas.
    Insígnias militares e religiosas
    Já foram símbolos das guerras.

    Lembro-me
    Das guerras passadas
    Como um vácuo de tristeza
    No meu coração
    Assim, como as guerras atuais.
    Campos de refugiados
    Crianças órfãs, povo!
    Povo sem esperanças
    Sem fronteiras.

    Lembro-me
    Das florestas destruídas
    Das almas perdidas nas trincheiras
    Perambulando...
    Sem ramos nas vidas
    Raízes arrancadas
    Em nome das guerras
    Anulando as famílias.

    Lembro-me
    O povo desejava a paz
    Deseja agora
    Mas, as nações.
    Sempre dizem:
    _ Agora não
    São Tempos de Guerras.





    ResponderExcluir
  3. TEMPOS DE GUERRAS. Cézar.

    Lembro-me
    Das árvores caídas
    Em Tempos de Guerras
    Faltavam: Comidas
    Água, vidas.
    Tinham: Inimigos
    Fogo amigo
    Balas perdidas e prisões arbitrárias.

    Lembro-me
    Que o povo era dizimado
    Em nome da raça
    Raça pura, através da eugenia.
    Do Nazismo e do racismo.

    Lembro-me
    Dos corpos cremados
    Nos campos, nos cemitérios.
    E nas câmaras de gás.

    Lembro-me
    Dos homens notáveis
    Dos homens simples
    Torturados, condenados, fuzilados e exilados.
    Desertores: Nas frentes de batalhas.

    Lembro-me.
    Que as fardas, as rosas.
    Insígnias militares e religiosas
    Já foram símbolos das guerras.

    Lembro-me
    Das guerras passadas
    Como um vácuo de tristeza
    No meu coração
    Assim, como as guerras atuais.
    Campos de refugiados
    Crianças órfãs, povo!
    Povo sem esperanças
    Sem fronteiras.

    Lembro-me
    Das florestas destruídas
    Das almas perdidas nas trincheiras
    Perambulando...
    Sem ramos nas vidas
    Raízes arrancadas
    Em nome das guerras
    Anulando as famílias.

    Lembro-me
    O povo desejava a paz
    Deseja agora
    Mas, as nações.
    Sempre dizem:
    _ Agora não
    São Tempos de Guerras.


    ResponderExcluir