Além da tristeza e impotência, meu sentimento é de vergonha de ser da espécie humana, que permite tal fato acontecer. De raiva contra os líderes mundiais insensíveis ao drama de milhares e contra um sistema econômico, político e social que impele desigualdade, sofrimento e miséria à boa parte da humanidade.
A imagem do menino Alan Kurdi (grafado anteriormente de forma errônea como Aylan) de apenas 3 anos, sem vida e com o rosto voltado para a areia na beira da praia deveria ficar para sempre na memória dos governantes de todas a grandes potências que exploram nações subdesenvolvidas. Deveria perturbar a mente de todo mega empresário e latifundiário que se enriquecem a custa da trabalho mal remunerado e escravo de seus semelhantes. Deveria tirar o sono de líderes religiosos que propagam o ódio e a intolerância ao invés de compaixão e amor.
A imagem do menino Alan Kurdi de apenas 3 anos, sem vida, com o rosto voltado para a areia na beira da praia é um alerta ao mundo e àqueles que pensam ser o seu dono. Chegamos ao limite. O sistema faliu e nós falhamos como sociedade.
A imagem do menino Alan Kurdi de apenas 3 anos, sem vida, com o rosto voltado para a areia na beira da praia não é apenas a de uma criança que tentava fugir de um genocídio em seu país. É a do menino da favela alvejado por traficantes e policiais em confronto. É a do jovem amarrado ao poste e agredido por "cidadãos do bem". É a do menino negro assassinado pela polícia branca e racista estadunidense. É a do menino africano famélico à espera de uma refeição após dias de inanição. É a do menino abusado por um religioso ou agredido por conta de sua crença. É a de milhares de corpos amontoados em campos de concentração da segunda guerra.
A imagem do menino Alan Kurdi de apenas 3 anos sem vida, com o rosto voltado para a areia na beira da praia é a imagem dos humilhados, perseguidos, espoliados e injustiçados do mundo.
Que seja um marco, uma virada na consciência global. Que o caminho daqui para frente seja outro e que possamos resgatar o pouco de dignidade e humanidade que ainda nos resta, pois a nossa inocência acabou ali naquela praia, sem vida e com o rosto voltado para a areia.
Fonte: http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/o-anjinho-aylan-kurdi/ |
Realmente, foi um dia triste pra humanidade. Em pleno século XXI, ano 2015, acontecer algo assim. Até quando?
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ResponderExcluirTEMPOS DE GUERRAS.
Cézar.
Lembro-me
Das árvores caídas
Em Tempos de Guerras
Faltavam: Comidas
Água, vidas.
Tinham: Inimigos
Fogo amigo
Balas perdidas e prisões arbitrárias.
Lembro-me
Que o povo era dizimado
Em nome da raça
Raça pura, através da eugenia.
Do Nazismo e do racismo.
Lembro-me
Dos corpos cremados
Nos campos, nos cemitérios.
E nas câmaras de gás.
Lembro-me
Dos homens notáveis
Dos homens simples
Torturados, condenados, fuzilados e exilados.
Desertores: Nas frentes de batalhas.
Lembro-me.
Que as fardas, as rosas.
Insígnias militares e religiosas
Já foram símbolos das guerras.
Lembro-me
Das guerras passadas
Como um vácuo de tristeza
No meu coração
Assim, como as guerras atuais.
Campos de refugiados
Crianças órfãs, povo!
Povo sem esperanças
Sem fronteiras.
Lembro-me
Das florestas destruídas
Das almas perdidas nas trincheiras
Perambulando...
Sem ramos nas vidas
Raízes arrancadas
Em nome das guerras
Anulando as famílias.
Lembro-me
O povo desejava a paz
Deseja agora
Mas, as nações.
Sempre dizem:
_ Agora não
São Tempos de Guerras.
TEMPOS DE GUERRAS. Cézar.
ResponderExcluirLembro-me
Das árvores caídas
Em Tempos de Guerras
Faltavam: Comidas
Água, vidas.
Tinham: Inimigos
Fogo amigo
Balas perdidas e prisões arbitrárias.
Lembro-me
Que o povo era dizimado
Em nome da raça
Raça pura, através da eugenia.
Do Nazismo e do racismo.
Lembro-me
Dos corpos cremados
Nos campos, nos cemitérios.
E nas câmaras de gás.
Lembro-me
Dos homens notáveis
Dos homens simples
Torturados, condenados, fuzilados e exilados.
Desertores: Nas frentes de batalhas.
Lembro-me.
Que as fardas, as rosas.
Insígnias militares e religiosas
Já foram símbolos das guerras.
Lembro-me
Das guerras passadas
Como um vácuo de tristeza
No meu coração
Assim, como as guerras atuais.
Campos de refugiados
Crianças órfãs, povo!
Povo sem esperanças
Sem fronteiras.
Lembro-me
Das florestas destruídas
Das almas perdidas nas trincheiras
Perambulando...
Sem ramos nas vidas
Raízes arrancadas
Em nome das guerras
Anulando as famílias.
Lembro-me
O povo desejava a paz
Deseja agora
Mas, as nações.
Sempre dizem:
_ Agora não
São Tempos de Guerras.